A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos, na
Zona Norte do Rio, recebeu a segunda remessa do Ingrediente Farmacêutico
Ativo (IFA), o princípio ativo para a fabricação da vacina contra a
covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a
Universidade de Oxford. A matéria-prima, que chegou por por volta das
19h40 deste sábado, será suficiente para a produção de 12,2 milhões de
doses da vacina. Em março está prevista a chegada de mais três remessas
do insumo.
Os lotes saíram de Xangai, na China, às 7h35 de sexta-feira (horário local), e aterrissaram às 18h05 deste sábado no Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio.
A nova remessa completa a quantidade de insumos
necessários para a produção local de 15 milhões de doses do imunizante
contra a covid-19. A primeira leva do IFA chegou à Fiocruz no dia 6 de
fevereiro e foi suficiente para 2,8 milhões de doses, que já estão sendo
produzidas. A estimativa é que com as três novas remessas de março
sejam entregues 27 milhões de doses até o final de abril. Até junho, a
Fiocruz espera ter recebido remessas de IFA suficientes para chegar à
produção de 100,4 milhões de doses da vacina.
As vacinas feitas com as duas remessas do ingrediente
ativo serão entregues ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) após o
deferimento do registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), cuja análise tem seguido de forma paralela à produção. A
previsão é que o primeiro lote de 1 milhão de vacinas seja entregue na
semana entre 15 e 19 de março, informou a Fiocruz.
Processo de produção das vacinas
Segundo a Fiocruz, após a chegada dos insumos,
amostras serão enviadas para o controle de qualidade. Com a liberação
dos resultados, será realizado o descongelamento, seguido do
processamento final, que acontece em quatro etapas, são elas:
formulação, envase e recravação, inspeção e rotulagem e embalagem.
Formulação - O IFA é descongelado e
diluído para receber estabilizadores, responsáveis por garantir a
integridade e preservação do princípio ativo.
Envase e recravação - O líquido da
vacina é inserido de forma automatizada em frascos esterilizados, sendo
fechados com uma rolha de borracha específica e encaminhados para a
recravação, onde recebem um lacre de segurança.
Inspeção - Logo após a fase de envase e recravação, ocorre a etapa de inspeção dos frascos.
Rotulagem e embalagem - Por último,
é realizada a etapa de rotulagem e embalagem, onde as vacinas recebem
rótulos com identificação, número de lote, data de fabricação, validade e
demais informações técnicas. Na sequência, as vacinas seguem para serem
embaladas.
De acordo com informações da Fundação, durante o
processamento da vacina, são retiradas amostras de todos os lotes, que
são encaminhadas para um rígido controle de qualidade interno a fim de
garantir sua segurança e eficácia. Após o resultado, as vacinas são
liberadas para entrega.
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