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6 de abril de 2021

Na pandemia, Brasil atinge 65 bilionários e 19,1 milhões de famintos

 



Uma conta rápida comprova que a fortuna dos bilionários brasileiros seria capaz de erradicar a fome no país; mas por que Bolsonaro se recusa a fazer isso?

 

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, decretada em março de 2020 pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem sido enfático em dizer que as vidas e a economia devem ser preservadas com a mesma importância. Nenhuma deveria se colocar sobre a outra.

Além dos recordes de mortes diárias, o Brasil atingiu duas marcas durante a pandemia que são antagônicas apenas na aparência: passou a ter 20 bilionários a mais que no ano passado e, ao mesmo tempo, registrou 9% de famintos - a maior taxa desde 2004. De acordo com o ranking anual da revista Forbes, houve uma explosão no número de bilionários no ano em que o mundo foi assolado pela covid-19. A lista registrou um recorde de 493 novatos, ou seja, um bilionário a mais a cada 17 horas... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/leonardo-sakamoto/2021/04/06/na-pandemia-brasil-atinge-65-bilionarios-e-191-milhoes-de-famintos.htm?cmpid=copiaecola

 

Mas três dados divulgados nesta terça-feira, 6, comprovam que não houve preocupação com nenhuma das duas por parte do governo federal.

 

  1. Segundo ranking da revista Forbes, o Brasil ganhou 20 novos bilionários durante a pandemia, chegando a um total de 65 pessoas a possuírem 1 bilhão de dólares ou mais.
  2. Já de acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, o país somou 19 milhões de pessoas que passaram fome, um índice que atinge 9% da população, a maior taxa desde 2004. Em 2018, havia 10,3 milhões de brasileiros nessa situação.
  3. O Brasil somou hoje 4.195 vidas perdidas para a covid-19 nas últimas 24 horas, um recorde, e totalizou 336.947 óbitos pela doença desde o início da pandemia, segundo levantamento do Conass (Conselho Nacional de Secretários da Saúde).

 

Esses três dados nos dão informações valiosas de quem o governo de Jair Bolsonaro privilegia. Ao passo em que milhões de brasileiros passaram a ter mais fome com a pandemia, os ricos estão cada vez mais ricos, brindando o país com 20 novos bilionários em apenas um ano. Ainda segundo a Forbes, o patrimônio total dos bilionários brasileiros aumentou 72%: passou de 127,1 para 219,1 bilhões de dólares.

 

Com todas essas informações em mãos, gostaria aqui de fazer uma conta rápida com vocês, puramente hipotética.

 

Com o dólar vendido a R$ 5,60 (06/04/2021), a fortuna dos bilionários brasileiros, em reais, vira trilhão: 1.226.960.000.000. Se pegássemos todo esse valor e fizéssemos uma aplicação com rendimento a 1% ao mês, teríamos 12.269.600.000 reais todo mês. Se dividíssemos esse valor entre os 19 milhões de brasileiros que passam fome, cada um receberia R$ 645,76 por mês. Ou seja, a fome seria erradicada no Brasil.

 

Um governo que diz privilegiar tanto a vida quanto a economia não conseguiu controlar a escalada geométrica das mortes no país, que hoje ocupa confortavelmente o segundo lugar no número de óbitos por covid-19 a nível mundial (sendo que temos apenas a sexta maior população no globo). Tampouco evitou que a fome chegasse às casas dos brasileiros. Enquanto isso, apenas 65 pessoas estão nadando em dinheiro, deleitando-se do conforto irrestrito de poder comprar o que quiser.

 

Isso não é colocar a economia e a vida como prioridades em um governo. Pelo menos, não a de todos.

 

 

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