Sete países europeus suspenderam a aplicação da vacina AstraZeneca,
ampliando a lista dos que tomam medidas nesse sentido por medo de
efeitos colaterais, apesar do aval da OMS ao imunizante. A terceira onda
da pandemia obrigou a Itália a retomar o confinamento nesta segunda e
gerou novas medidas em países como Alemanha, França e Chile.
Embora o número de novos infectados continue alto,
Itália, França, Alemanha, Espanha, Portugal, Eslovênia e Letônia se
uniram hoje à lista crescente de países que pararam de usar a vacina
AstraZeneca, à espera da opinião da Agência Europeia de Medicamentos
(EMA). No Brasil, o governo espera acelerar a campanha de vacinação com a
compra de 100 milhões de doses do imunizante Pfizer-BioNTech, que serão
entregues até setembro, o que se soma à compra de 38 milhões de
unidades da vacina Johnson & Johnson, elevando o total de encomendas
a 562,9 milhões de doses até o fim do ano.
Antes dos sete países europeus decidirem suspender a vacina AstraZeneca, outros já o haviam feito: Holanda e Irlanda marcaram a pausa no domingo (14), por temerem a formação de coágulos sanguíneos, após relatórios da Noruega, embora não tenha sido provado que se trate de um efeito direto da vacina. O país nórdico suspendeu o uso na semana passada, assim como Dinamarca, Islândia e Bulgária. Mais de 373 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus já foram administradas em todo o mundo.
A da AstraZeneca, uma das mais baratas, é crucial
para as nações mais pobres, uma vez que compõe a maior parte das doses
entregues pelo programa Covax. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
insistiu nesta segunda-feira que a vacina deve continuar a ser usada e
anunciou que seus especialistas se reunirão amanhã para analisar a
situação do imunizante.
"Não queremos que as pessoas entrem em pânico e, por
enquanto, recomendamos que os países continuem a vacinar com a
AstraZeneca", disse a cientista-chefe da instituição, Soumya
Swaminathan. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) afirmou que vai
realizar uma “reunião extraordinária” nesta quinta-feira (18) sobre essa
vacina, mas garantiu que seus benefícios ainda superaram os riscos.
O diretor do grupo de vacinas da Universidade de Oxford, Andrew Pollard, garantiu que "há evidências muito tranquilizadoras de que não há aumento no fenômeno de trombos aqui no Reino Unido, onde a maioria das doses da Europa foram administradas até agora". A Europa, o continente mais afetado pela pandemia, superou a marca de 40 milhões de casos, segundo um balanço da AFP às 14h45 de Brasília.
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